LEI nº 11.892
Ainda em 1937, o Decreto n.º 378 reestruturou o Ministério da Educação e Saúde e transformou as antigas Escolas de Aprendizes Artífices em liceus industriais. Assim, “por força da Lei n.º 378/37, a Escola de Aprendizes Artífices do Espírito Santo passou a ser denominada de Liceu Industrial de Vitória”, mas ainda estava localizada na Rua Presidente Pedreira sem sofrer muitas transformações (GITEC, 1969, p.12). A ausência de dados sobre o período de 1935 a 1941 não nos permite estabelecer nenhuma análise sobre mudanças de ordem qualitativa ou quantitativa (Marcelo Lima, p. 50).
Os colégios profissionais ofertavam um ensino elementar para formação de artesãos. Somente em 1942, por meio da Reforma Gustavo Capanema, o ensino profissional foi organizado e estruturado como parte integrante do sistema educacional brasileiro (PINTO, p. 25).
Em 1942, pelo Decreto-Lei n.º 4.127, recebe a denominação de Escola Técnica de Vitória, sendo transferida do centro da cidade, no dia 11 de dezembro de 1942, para a Avenida Vitória em um prédio novo no bairro de Jucutuquara. Neste prédio seriam oferecidos os cursos de Artes do Couro, Alfaiataria, Marcenaria, Serralheria, Mecânica de Máquinas, Tipografia e Encadernação. Estes cursos industriais básicos exigiam, como pré-requisitos, os cursos primários.
Criada por meio da Lei n.º 4.759, de 20 de agosto de 1965 – Portaria do MEC n.º 239, de 3 de setembro de 1965, passou a chamar-se Escola Técnica Federal do Espírito Santo (ETFES), com o objetivo de atender às exigências que a sociedade industrial e tecnológica estabelecia
Em 1909 foram criadas 18 escolas profissionalizantes no Governo Federal, governo de Nilo Peçanha, denominando-se Escola de Aprendizes Artífices do Espírito Santo. Segundo Cunha (2000), a criação dessas instituições de formação para o trabalho de artífices foi “[...] o acontecimento mais marcante do ensino profissional na Primeira República”. Estas escolas constituíram-se no primeiro sistema de ensino Federativo.
A Escola foi regulamentada pelo Decreto 7.763 de 13 de outubro de 1909 e, posteriormente, modificado pelo Decreto 9.070 de 25 de outubro de 1910, com o propósito de formar profissionais artesãos, voltados para o trabalho manual.
A formação profissional nos cursos de artífices oferecida pela Escola aos menores carentes atendia a demanda por trabalhadores requeridos pelas oficinas e pequenas indústrias (PINTO, p. 31).
Decreto 7.556 de 23 de setembro de 1909, do Ministerio da Agricultura, Industria e Commercio, as Escolas de Aprendizes e Artífices em vários estados da federação. http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/decreto_7566_1909.pdf
Decreto 9.070 de 25 de outubro de 1910, com o propósito de formar profissionais artesãos, voltados para o trabalho manual - http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1910-1919/decreto-9070-25-outubro-1911-525591-publicacaooriginal-1-pe.html
A Escola Técnica passou a ser um Centro Federal de Educação Tecnológica - Cefet, a partir de março de 1999, o que possibilitou novas formas de atuação e um novo paradigma de instituição pública profissionalizante.
Em 12 de março de 2001, foram iniciadas as atividades letivas na Unidade de Ensino Descentralizada de Serra, oferecendo Cursos Técnicos em Automação Industrial e em Informática.
Em 2004, o Cefetes passou a ser uma Instituição de Ensino Superior, com os decretos 5.224 e 5.225, hoje substituído pelo 5.773.
Em 2005, a Unidade de Ensino Descentralizada de Cachoeiro de Itapemirim entrou em funcionamento, oferecendo o Curso Técnico em Eletromecânica e o Curso Técnico em Rochas Ornamentais, inédito no Brasil.
Em 2006, duas novas Unidades iniciaram suas atividades: a Unidade de Ensino Descentralizada de São Mateus, oferecendo o Curso Técnico em Mecânica, e a Unidade de Ensino Descentralizada de Cariacica, oferecendo o Curso Técnico em Ferrovias, inédito no Brasil e fruto de uma parceria do Cefetes com a Companhia Vale do Rio Doce.
Em 2008, foram inauguradas mais três Unidades de Ensino: Aracruz, Linhares e Nova Venécia.
Em dezembro do mesmo ano, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei nº 11.892, que criou 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia no país. No Espírito Santo, o Cefetes e as Escolas Agrotécnicas de Alegre, de Colatina e de Santa Teresa se integraram em uma estrutura única: o Instituto Federal do Espírito Santo. Dessa forma, as Unidades de Ensino do Cefetes (Vitória, Colatina, Serra, Cachoeiro de Itapemirim, São Mateus, Cariacica, Aracruz, Linhares e Nova Venécia) e as Escolas Agrotécnicas de Alegre, Santa Teresa e Colatina são agora campi do Instituto.
Primeiro diretor da então Escola de Aprendizes Artífices, nasceu em Vitória, no dia 02 de dezembro de 1870, vindo a falecer em 11 de agosto de 1944. Bacharel em Direito.
Nasceu a 23 de setembro de 1908, em Manaus, AM. Engenheiro Civil pela então Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Nomeado pelo Decreto presidencial do dia 14/09/1943, tomou posse como diretor a 27 de outubro. Dr. Seixas era um entusiasta das atividades extracurriculares e um convicto de seus efeitos sobre a personalidade do educando. Fez uma escola alegre, social, de bailes, de festas, de manhãs e tardes desportivas, de reuniões cívicas sem prejuízo das atividades curriculares. Criou o Grêmio, expandiu o jornal "E.T.V.", cuidou de orientação educacional, de assistência social, apoiou o teatro escolar, as atividades do Coro Orfeônico e da SAET - Sociedade dos Amigos da Escola Técnica. Em 1954 deixou o cargo de diretor porque foi convidado para trabalhar na Comissão Brasileiro-Americana de Educação Industrial - CBAI.
Nasceu em Laguna, Santa Catarina, em 19 de fevereiro de 1928, e faleceu a 09 de novembro de 1978. Bacharel em Direito e Professor, entrou para a E.T.V. em 16 de abril de 1956, após habilitação em concurso público, como professor de História e Geografia. Nomeado pelo Conselho de Representantes da Escola, pela Resolução nº 2 de 23 de fevereiro de 1961, assumiu a direção em 01 de março de 1961, nela permanecendo até 28 de outubro de 1970. Construiu a cancha de basquete e voleibol, novas instalações sanitárias, o Almoxarifado e o Posto Médico e Odontológico; reformou as instalações da cozinha, refeitório, salas de aula e oficinas, as quais foram beneficiadas com novos equipamentos (máquinas e motores). Criou o Curso de Estradas em 1962, o de Edificações em 1963, o de Mecânica em 1965, os Jogos Brasileiros Estudantis do Ensino Industrial - JEBEI, em 1966, os cursos de Agrimensura, Eletrotécnica, Eletromecânica e Mecânica Especial em 1968.
Nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de março de 1900. Engenheiro Agrônomo e Engenheiro Civil, assumiu a Escola de Aprendizes Artífices em substituição ao Dr. José Francisco Monjardim, interinamente, em 1932, iniciando em caráter efetivo suas novas funções somente em 14 de maio de 1932.