A Escola Técnica Federal do Espírito Santo foi criada em 1965 por meio da Lei n.º 4.759, de 20 de agosto de 1965 – Portaria do MEC n.º 239, de 3 de setembro de 1965. Dando continuidade às transformações da rede federal sua criação evidenciou um novo modelo de educação profissional em substituição ao modelo varguista instituído pela reforma Capanema, em 1942. O contexto social, político e econômico requeria da educação profissional um alinhamento com o projeto desenvolvimentista dos governos militares, pós-golpe de 1964. Os cursos vocacionais denominados de ginásio industrial e os cursos técnicos industriais foram paulatinamente substituindo os cursos básicos industriais e os cursos de aprendizagem, evidenciando a necessidade de um trabalhador com mais qualificação científica e tecnológica
UntitledO Laboratório de Automação do curso de Eletrotécnica retrata um contexto tecnológico que transformou o modo do trabalho nas empresas e indústrias. Os processos de automatização possibilitados pela revolução da microeletrônica ao longo do século XX proporcionou um salto qualitativo no trabalho do técnico, cabendo a tarefa de supervisão dos processos produtivos executados pelas máquinas e controlados por equipamentos de automação. Os equipamentos didaticamente dispostos no espaço físico retratam o modelo de organização pedagógica do ensino-aprendizagem. No trabalho em grupos organizados em bancadas cabia ao professor supervisionar as atividades desenvolvidas pelos alunos.
UntitledA sala de Desenho Projetista do curso de Edificações mostra como a tecnologia fora apropriada na organização do espaço pedagógico. A tecnologia da vídeo aula, as carteiras com estofamento, as mesas de desenho mais modernas evidenciam a preocupação em oferecer um ambiente de ensino-aprendizagem adequado ao preparo do profissional para o ofício.
UntitledAlunos do Curso Técnico de Edificações, em aula na sala de Desenho
A sala de aula para o ensino do Desenho Técnico retrata o modelo e concepção de educação técnico-profissional, evidenciando o rigor disciplinar, a concentração necessária à produção da atividade e a organização pedagógica do espaço. Construídos em madeira, as mesas e os bancos reproduziam um espaço de trabalho na indústria, requerendo do estudante uma postura corporal e uma atenção para a atividade do desenho. Os equipamentos para o ensino-aprendizagem do desenho técnico, como régua T, compasso, esquadro e escalímetro retratam um contexto ao qual se fazia necessário um nível de competência, abstração e habilidade manual para o traçado dos riscos e linhas, no exercício da tarefa.